A experiência do usuário (UX) não é um detalhe e muito menos um luxo. UX é parte da estratégia. Ele define como seu produto se posiciona, como ele resolve problemas e, no fim das contas, se ele vai crescer ou se tornar irrelevante. Mesmo assim, muitas empresas ainda tratam UX como algo opcional, como um custo que pode ser cortado quando o orçamento aperta.
A verdade? Se você não prioriza UX, está deixando dinheiro na mesa e, pior, pode estar jogando dinheiro fora em produtos que ninguém quer usar.
Eu já vi isso acontecer diversas vezes ao longo da minha trajetória. Empresas gastando meses — ou até anos — desenvolvendo produtos que os usuários não precisavam ou que a concorrência já entregava melhor. Produtos que poderiam ser grandes sucessos, mas que fracassaram porque não acertaram na proposta de valor e não conseguiram engajar o público certo.
A questão não é se UX impacta seu negócio. A questão é: seu produto está entregando a experiência certa para o seu público ou está afastando os usuários sem você perceber?
UX: Muito Além do Design, um Pilar Estratégico
Muita gente ainda acredita que UX é só sobre a interface ou sobre deixar um produto “bonito e intuitivo”. Mas a experiência do usuário vai muito além disso. Ela é o que conecta a sua proposta de valor com as necessidades reais do seu público.
Empresas que entendem isso utilizam UX para criar diferenciação e retenção, e fazem disso uma vantagem competitiva. O Netflix, por exemplo, sabe que personalização é um fator decisivo para manter os usuários na plataforma. Eles não querem que você assista só um filme ou série — eles querem que você fique horas dentro do app, consumindo o máximo possível. Por isso, todo o sistema de recomendação é projetado para te prender ali, te sugerindo conteúdos alinhados ao seu gosto com base no que você já assistiu.
Isso é UX em ação. Não é apenas sobre design, é sobre estratégia.
Agora pense no seu produto. Você está entregando uma experiência personalizada e relevante ou apenas jogando funcionalidades na tela e esperando que o usuário descubra o valor por conta própria?
Como UX Impacta Diretamente os Resultados do Seu Produto
Ao longo dos anos, participei de diversos projetos que provaram, na prática, como UX influencia conversão, retenção e crescimento de um negócio.
Quando liderei um projeto na ben Visa Vale, nosso desafio era claro: precisávamos aumentar a base de restaurantes na plataforma. Para isso, reestruturamos a navegação do portal de auto credenciamento com dois objetivos principais:
1️⃣ Reduzir dúvidas dos estabelecimentos no processo de cadastro
2️⃣ Melhorar a experiência geral para aumentar a conversão e a retenção
O resultado? Menos chamados no suporte, mais adesão e um crescimento real da base de restaurantes cadastrados. Isso é UX impactando diretamente os números do negócio.
Outro caso interessante foi na Atech, onde o problema era ainda mais grave. A equipe de produto desenvolveu uma solução sem analisar se os usuários realmente precisavam daquilo ou se a concorrência já entregava algo melhor. Depois de validar com o mercado, percebemos que o produto não tinha fit com os usuários e decidimos cancelá-lo.
Parece um fracasso? Na verdade, foi um grande acerto. Cancelar um produto antes de despejar mais tempo e dinheiro em algo sem demanda foi uma decisão estratégica. UX não só gera mais receita, mas também evita que empresas desperdicem investimentos em soluções que nunca vão vingar.
Se o seu produto não está trazendo os resultados esperados, pergunte-se: o problema está na funcionalidade ou na experiência que você está entregando?
B2B vs. B2C: Experiências Diferentes, Mas Sempre Estratégicas
É comum ouvir que UX no B2B é “diferente” do UX no B2C. E sim, há diferenças. Mas a essência é a mesma: UX é um fator estratégico para garantir que o produto entregue valor de forma clara e eficiente.
O que muda, na prática?
🔹 No B2B, UX geralmente impacta mais a retenção do que a aquisição. Empresas adotam ferramentas porque precisam delas, mas permanecem nelas porque a experiência é boa. Um sistema difícil de usar, cheio de atritos e sem um onboarding eficiente simplesmente não se sustenta a longo prazo.
🔹 No B2C, a experiência geralmente tem um papel maior na conversão inicial. Se um app de delivery, por exemplo, tiver um fluxo de compra confuso ou burocrático, o usuário desiste e vai para a concorrência. Um exemplo claro de UX bem aplicado é o iFood, que criou um processo de compra rápido e intuitivo para garantir que o usuário finalize o pedido sem frustrações.
Mas a verdade é que UX não é uma questão de B2B ou B2C, e sim de estratégia. O grande ganho é ser preciso na sua proposta de valor, entendendo bem o cliente e o usuário e materializando essa experiência de forma eficiente.
Então, pare de olhar para UX apenas como um “detalhe”. Ele é o que conecta o que você oferece ao que o mercado realmente precisa.
Conclusão
UX não é um custo, é um investimento. Empresas que colocam UX no centro da estratégia:
✅ Criam produtos mais eficientes
✅ Reduzem custos com suporte
✅ Aumentam retenção e conversão
✅ Evitam desperdício de tempo e dinheiro em soluções sem demanda
Se você quer que seu produto seja um sucesso, precisa parar de enxergar UX como um elemento secundário e começar a usá-lo como um diferencial competitivo.
Agora, eu te pergunto: seu produto está realmente pronto para o sucesso ou está afastando usuários sem você perceber?
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