O fim do design tá próximo? Só se for no título do post.
Sim, a gente colocou “Clickbait para designers” de propósito. Não, o design não vai morrer amanhã. E sim, você já leu essa frase antes umas 15 vezes por semana nas redes. Seja bem-vindo ao maravilhoso looping do apocalipse do design digital onde todo mês alguém anuncia a extinção do UX, da tela, do job, da vaga, do botão.
No episódio mais recente do Bom Dia UX, resolvemos sentar (só nós dois mesmo, sem convidado) pra conversar sobre esse drama coletivo que virou conteúdo: o “fim do design”. Sabe aquele título dramático com cara de vídeo do YouTube tipo “VOCÊ NUNCA MAIS VAI PRECISAR DE UM DESIGNER”? Pois é. A gente resolveu morder essa isca, analisar, e fazer a faxina crítica que esse papo merece.
A evolução é real, o pânico nem sempre.
O papo foi longe: desde a época do Photoshop democratizando o design gráfico até a galera usando IA pra fazer wireframe e entregar pra PM revisar. A gente refletiu sobre como essa não é a primeira vez que o design “acaba” e provavelmente nem será a última. Mas o que tá rolando de verdade é uma transformação profunda nas ferramentas, nas funções e, principalmente, na percepção de valor do design dentro das empresas.
👉 Spoiler: se o que você entrega é só tela, talvez esteja mesmo substituível.
👉 Outro spoiler: se você entende problemas, conecta dados, propõe soluções e pensa experiência, relaxa — a IA ainda não tá nesse nível, viu?
O primo do design e o papel da crítica
Teve tempo até pra um clássico: o primo que faz mais barato. Mas a real é que o problema não é o primo. O problema é quando nós mesmos estamos entregando como primos. Dói? Dói. Mas precisa ser dito.
Falamos também sobre como o clickbait virou uma espécie de reflexo da nossa ansiedade profissional: a cada novidade, surge alguém vendendo o colapso de uma profissão pra viralizar. E muitas vezes sem nem entender o que é design, interface ou produto.
O futuro exige mais que tela bonita
O que tá em jogo agora é como a gente reposiciona o nosso papel. Como a gente mostra que design não é só desenhar a casquinha do sorvete, mas entender o porquê do sabor, a rota do caminhão que entrega, e se o cliente alérgico pode comer sem morrer.
Design é pensamento crítico, e isso não morre fácil.
Mas se você se recusar a evoluir, aí é outra história.